ANGELOLOGIA
Esse material faz parte de uma apostila elaborada pelo pastor e amigo Francisco Guedes Maia, cooperador do pastor Jose Prado Veiga, a quem tive o privilegio de cooperar com ele nos anos 2008 e 2009 no setor da Lapa SP. Obras consultadas: de Mathew Henry, Langston, Pearlman, Bancroft, Berkhof e outros.
Boa leitura!
ANJOS CAÍDOS
Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado, como o homem, dotado de
livre escolha. Sob a influência de satanás, muitos pecaram e foram
lançados fora do céu (II Pe. 2.4). Segundo as Escrituras temos a ideia de
que esses anjos estão, parte presos em cadeias eternas (II Pe. 2.4) e parte nos
lugares celestiais (Ef. 6.12). Haverá um tempo - na grande tribulação -
que eles serão expulsos dos lugares celestiais para operarem na terra (Ap.
12.9). Um dia os salvos irão julgá-los
(I Co. 6.2,3). O destino deles é o inferno (Mt. 25.41).
DEMÔNIOS
1 – As
Escrituras dão testemunho da sua existência (Mt. 12.26-28). Os demônios são seres espirituais e
chamados de espíritos imundos (Mc. 9.25). Nos Evangelhos eles aparecem
possuindo corpos tanto de homens como de animais (Lc. 8.29,30; Mc. 16.9; Mc.
5.12,13). A pessoa possuída por um demônio é chamada de endemoninhado (Mt.
4.24). Quando a pessoa é possuída por muitos demônios, se diz que tem uma
legião (Lc. 8.29,30).
2 - Os
demônios podem ocasionar os seguintes efeitos numa pessoa:
a) loucura
(Mc. 5.2-5)
b) mudez
(Mt. 9.33)
c)
cegueira (Mt. 12.22)
d) algumas
outras enfermidades (Lc. 13.11-13).
É
importante observar que nem todas as enfermidades são conseqüências de
demônios.
3 - Os
demônios lutam para fazer uma pessoa se desviar da fé (I Tm 4.1):
a) Eles
são parte das potestades malignas que o crente tem que lutar (Ef. 6.12).
b) Eles
lutam constantemente, pois são inimigos dos homens em geral, principalmente,
dos crentes e desviados (Mt. 12.43-45).
c) O
desviado pode ficar endemoninhado, mas o verdadeiro crente em comunhão não,
porque estão cheios do Espírito Santo (II Co. 6.15,16).
d) O
crente verdadeiro sofrerá sua influência se der lugar e não vigiar (Mt. 16.23;
II Co. 11.3).
e) O
verdadeiro crente tem poder sobre os demônios (Lc. 10.19).
f) Os
demônios são expulsos em nome de Jesus (Mc. 16.17).
g) Para
expulsá-los o crente precisa ter autoridade advinda da comunhão contínua com
Deus, para não ficar envergonhado (At. 19.11-16).
4 - Causas
do endemoninhamento:
a)
Idolatria – adorar falsos deuses é o mesmo que adorar demônios (I Co. 10.19-21;
Ap. 9.20).
b)
Adivinhação (At. 16.16-18).
c)
Praticas de encantação (At. 13.8-11).
d) Consagração
aos serviços.
d) Pecados
de modo geral: prostituição, drogas, álcool, etc.
SATANÁS
- “um
anjo caído”
Satanás
existe? (Lc. 22.31,32).
Cristo
ensinou sobre a sua existência (Mt. 13.39).
1 - Sua
identidade - um ser maligno com todas as características de uma pessoa
2 - Seu
serviço - fazer oposição a Deus e acusar os homens.
Ele no AT
conservava um relativo acesso a Deus, para denunciar os servos de Deus (Zc.
3.1,2).
É chamado
de acusador (Ap. 12.10). Ele delatou o sumo sacerdote Josué (Zc. 3.1) e pediu
para cirandar com Pedro (Lc. 22.31). Vivamos pois de modo que ele não tenha de
que nos acusar (Tt. 2.8; Jo. 14.30).
3 - Seu
campo de atuação
Ele é
chamado “príncipe deste mundo” por Jesus (Jo. 12.31; 14.30; 16.11) e “deus
deste século” por Paulo (II Co. 4.4). No seu rodear a terra, quantas vítimas deve ter deixado? Adão e Eva,
Caim, Saul, Judas, Ananias, etc.
4 - Sua
permissão para provar Jó 1.12; 2.6. Satanás não pode tocar na vida do crente a não ser com a
permissão de Deus (I Jo 5.18), pois o cristão tem a sua existência no
esconderijo do altíssimo (Sl. 91; Cl. 3.3). Deus permitiu a prova de Jó, para
mostrar a Satanás que o homem que confia no seu criador, pode perder todas as
coisas aqui na terra, mas jamais deixa de confiar em Deus (II Tm 4.7). No caso
de Pedro não houve permissão para satanás cirandar com ele (Lc. 22.31,32).
5 - O
limite imposto por Deus Jó 1.12 “somente contra ele não estendas a tua mão”. Deus permitiu a
Satanás destruir os bens e a família de Jó; porém, Ele fixou um limite até onde
Satanás podia ir e não lhe concedeu o poder de morte sobre Jó. Satanás lançou
tempestades violentas contra Jó (vv. 13-19).
6 - Estado
original de Satanás: A relação figurada com o rei de Tiro
(Ez. 28.12-18).
7 -
Algumas características originais antes da queda (Ez. 28.12-18) - possuidor de elevada distinção e detentor de honrosos
títulos e posições:
a)
Aferidor da medida - nele se encontrava a medida perfeita da criação daquilo que Deus
queria.
b) Estavas
no Éden, jardim de Deus - pedras preciosas representa a gloria que ele possuía antes da queda.
c) No dia
em que foste criado - era um ser criado por Deus (ver. 13)
d)
Querubim ungido para proteger (v. 14) - fazia parte de uma alta
classe de seres angélicos. Sua função seria proteger o trono de Deus (Gn. 3.24;
Sl. 80.1).
8 - Sua queda: A queda de satanás resultou de sua própria escolha, ilustrada na
lamentação pela queda do rei da Babilônia (Is. 14.11-15)
9 - Cinco
afirmativas descritas em (Is 14.13,14), que revelam as pretensões de Lúcifer:
a) Eu
subirei ao céu
b) Acima
das estrelas de Deus exaltarei o meu trono
c) No
monte da congregação me assentarei
d) Subirei
acima das mais altas nuvens
e) Serei
semelhante ao altíssimo
10 - Personalidade de Satanás: Possui intelecto (II Co. 11.3); Ele tem emoções (Ap.
12.17); Ele tem vontade (II Tm. 2.26).
11 -
Traços da sua personalidade: Ele é homicida (Jo. 8.44); Ele é mentiroso (Jo. 8.44); Ele é
um pecador costumaz (I Jo. 3.8)
12 - O
diabo tem tríplice missão: matar, roubar destruir (Jo.
10.10).
13 - Nomes e títulos pessoais:
a) Lúcifer - esse nome não aparece literalmente
na Bíblia. Na linguagem figurada de Is 14.12, o nome Lúcifer aparece vinculado
à expressão “filho da alva”. Em Isaias 14 lemos sobre a queda do rei da
Babilônia. Em Ezequiel 28 há uma lamentação sobre o rei de Tiro. Os textos são
históricos e literais, mas, nas entrelinhas deixa-se ver detalhes de que se
está falando de um ser espiritual, maior que aqueles reis. Seria como Davi
compondo o Salmo 22 em forma de oração e de repente percebe-se que ele não está
falando de si, mas de outro: Jesus. Outro exemplo seria Isaías 53 e Atos 8. O
eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, pergunta para Filipe de
quem que ele (Isaías) está falando, dele mesmo ou de outro? Assim, aqui também
o profeta Isaías começa a falar do rei da Babilônia e (de repente) algumas
palavras vão além. De igual modo Ezequiel está fazendo uma lamentação sobre o
rei de Tiro e suas palavras começam a tratar de algo supra-terreno.
O Termo Lúcifer e a Bíblia: Em Isaías
14.12, o termo hebraico "helel", pode significar: "ser
luminoso", "astro brilhante"; por isso veio a ser traduzido por
"luzeiro da aurora", "estrela da manhã" ou "estrela
d'alva" (porque esta estrela mostra-se, ao amanhecer, mais brilhante que
as outras). Por essa causa em nossas Bíblias, em língua portuguesa,
constam os termos acima. Todavia a Vulgata Latina, tradução de Jerônimo, cerca
de 400 d.C, traduziu "helel" por Lúcifer e assim as versões que têm a
Vulgata como base, conservam a tradução do termo Lúcifer. Como é o caso,
também, de algumas versões inglesas da King James.
Tradução da Vulgata Latina de Isaías
14.12:
"Quomodo cecidisti de caelo, lucifer, fili
aurorae? Delectus es in terram, qui deiciebas gentes".
b) Satanás - título dado após a sua queda da presença de Deus, e significa
“adversário” (Zc. 3.1; I Pe. 5.8).
c) Diabo - esse
nome é uma transcrição do vocábulo gr. diabolos que significa “caluniador,
acusador” (Ap. 12.10).
d) Belzebu - (Mt.
10.25; 12.24,27) - título relacionado ao deus pagão de Ecrom, por nome
Baal-Zebul.
e) Abadom (hebraico) ou Apolion (grego) - tem o mesmo sentido na Bíblia e significa “destruidor”. Em Ap.
9.11 ele aparece como o anjo do abismo, identificado como Abadom ou Apolion.
14 -
Representações: serpente (Ap. 12.9), dragão (Ap.
12.3), anjo de luz (II Co. 11.4).
15 - Suas
limitações: ele é uma criatura e, portanto, não
é: onisciente, onipresente e onipotente.
- Sua ação
pode ser resistida pelo crente (Tg. 4.7).
- Deus
impõe limites a ele (Jó. 1.12).
16 -
Atuação de Satanás:
a) em
relação aos descrentes - ele cega o entendimento (II Co. 4.4), ele arrebata a Palavra de seus
corações (Lc. 8.12) e usa homens para se oporem à Obra de Deus (II Tm. 3.8; Ap.
2.13).
b) em
relação aos crentes: ele os tenta a mentir (At. 5.3),
ele os acusa e difama (Ap. 12.10), ele dificulta o seu trabalho (I Ts. 2.18),
semeia o joio entre o trigo (Mt. 13. 38,39) e incita perseguições contra os
crentes (Ap. 2.10).
c) lugar
de atuação – ar, terra e mar (Ap. 12.12).
17 -
Trajetória de satanás: A Bíblia adverte-nos que o diabo ocupa regiões celestes, desde que foi
retirado da glória do Senhor (Ef. 6.12), lugar de que deverá ser expulso no
início da Grande Tribulação (Ap. 12.7-12). Aliás, a trajetória do diabo é uma
seqüência de precipitações, de quedas e de fracassos.
Da glória
celestial, foi precipitado às regiões celestiais, que hoje ocupa, para ser
derrubado na terra e, após ter sido selado e amarrado por mil anos (Ap.
20.1,2), será, por fim, lançado no lago de fogo e enxofre (Ap. 20..10). Assim
será todo aquele que, a exemplo do diabo, rebelar-se contra o senhorio de Deus!
18 - Os
juízos contra Satanás:
a) expulso
de sua posição original no céu (Ez. 28.16).
b)
julgamento pronunciado no éden (Gn. 3.14,15).
c) julgado
na cruz (Jo. 12.31).
d) expulso
dos céus na tribulação (Ap. 12.13).
e) preso
no abismo no início do milênio (Ap. 20.2).
f) lançado
ao lago de fogo ao fim do milênio (Ap. 20.10).
Hoje, como Igreja, temos em Cristo,
poder para pisá-lo, mas em breve o esmagaremos debaixo de nossos pés (Rm. 16.20). Isso fala da
vitória final que Deus nos dará sobre o mal.
Para
refletir:
- Ef. 4.27
Não devemos dar lugar ao diabo
Dar lugar
ao diabo quer dizer se conformar com a mentira e com o sistema sob seu comando.
- I Tm. 3.6 A soberba é o pecado do diabo
“...não
neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo”.
Dizia
Moody - Deus não dispensa ninguém de mãos vazias, a não ser que a pessoa
esteja cheia de si mesmo (ego, inchado).
Hb. 2.14
Cristo veio aniquilar o império do diabo
“E, visto
como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das
mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da
morte, isto é, o diabo”.
Tg. 4.7 O
diabo deve ser resistido
“Sujeitai-vos,
pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”
I Pe. 5.8
O diabo anda como leão
“Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em
derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;”
Ap. 20.10
O diabo será lançado no lago de fogo
”E o
diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a
besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o
sempre.”
A
ORGANIZAÇÃO DOS ANJOS
Classificação
das Organizações Angelicais:
Pelos
textos de Cl. 1.16 e Rm. 8.38 entendemos que as classificações neles
apresentadas sugerem funções atribuídas aos anjos.
1 - TRONOS - O
original grego “Thronoi” traz um sentido de anjos ligados diretamente à majestade e soberania de
Deus. Em I Sm. 4.4; II Rs. 19.5; Sl. 80.1; 99.1, sugere que os querubins exerciam a
função real de TRONOS.
2 -
DOMÍNIOS - O original grego “Kuriother”, revela um sentido de anjos ligados
à soberanias, a domínios. Teriam eles a função especial, determinada por
Deus, de dominar aquilo que Deus criou. Não encontramos que classe específica
de anjo é designada para esta função. Vide Cl. 1.16; Ef. 1.21. Todavia, parece
estarem entre os querubins e serafins.
3 -
PRINCIPADOS - O original grego “archai”, mostra um sentido de anjos que têm poder de príncipes. A
revelação bíblica a respeito não traz embasamento para afirmações convictas,
mas devido a Is. 14.13; Ez. 28.16; Ap. 12.9 (sobre Lúcifer) e a Dn. 10.13
(sobre Miguel) podemos supor que os querubins tinham esta função.
4 -
POTESTADES - São anjos especiais dotados de uma autoridade elevada. Possuem poderes
excelentes, todavia sob o domínio do Todo Poderoso. Têm muito poder, mas não
são onipotentes (Sl. 103.20; I Cr. 21.15-27).
A
CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS
1. Anjo do
Senhor
2. Arcanjo
3. Anjos
eleitos
4. Anjos
das nações
5.
Querubins
6.
Serafins
1 – Anjo do Senhor (mal`ãkh yahweh) ou
Teofânico – gr. Teo +
fâneo (aparecer).
É mister fazer menção especial ao “Anjo do Senhor”, pois a maneira como é
descrito na Bíblia o destinge de qualquer outro anjo. Pelas seguintes razões:
a) A ele é
atribuído poder para perdoar ou reter pecado.
b) O nome
de Deus esta nele (Êx. 23.20-23).
c) Em Êx.
32.34 lemos “meu anjo irá adiante de ti” em Êx. 33.14 “a minha presença” (literalmente, meu rosto). Essas duas expressões se enquadram com (Is.
63.9).
d) Jacó
quando se deparou com esse anjo, se refere a Ele como sendo o próprio Deus (Gn
32.30).
e) Esse
varão que lutou com Jacó é chamado de anjo em (Os. 12.4).
f) O
próprio anjo se identifica como Deus (Gn. 32.28).
g) Através
do encontro com esse anjo, Jacó disse “a minha alma foi salva” (Gn.
32.30).
h) Esse
anjo recebe adoração (Js. 5. 14).
i) O anjo
apareceu a Moisés e se identificou como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó (Êx.
3.1-6).
Aparecimento desse Anjo na Bíblia
a) Para
Agar no deserto (Gn. 16.7).
b) Para
Abraão (Gn. 22.11-15).
c) Para
Jacó (Gn. 31.11-13).
d) Para Moisés
(Êx. 3.2).
e) Para
todos os israelitas durante o êxodo (Êx. 14.19).
f) Para
Balaão (Nm. 22.22-28).
g) Para
Gideão (Jz. 6.11).
h) Para os
pais de Sansão (Jz. 13.3 e13).
i) Para
Davi (I Cr. 21.10).
j) Para
Elias (II Rs. 1.3,4).
k) Para
Daniel (Dn. 6.22).
2 -
Arcanjo - É considerado anjo chefe (o prefixo “arc” significa “chefe”), príncipe, primeiro ministro.
a) A
Bíblia só apresenta um arcanjo - Miguel (Jd. 9), seu nome significa ”quem é semelhante a Deus?”.
b) Miguel
é o “príncipe dos filhos de Israel” (Dn. 12.1).
c) Miguel
surgirá como comandante dos exércitos celestiais contra as milícias satânicas
(Ap. 12.7-12).
d) O
arcanjo terá sua participação na vinda de Jesus, sua voz é uma voz de comando e
ordenança (I Ts. 4.16).
Gabriel, seu nome significa “o poderoso”.
Tudo
indica que ele seja de uma classe de anjos bastante elevada, mas não podemos
considerá-lo um arcanjo como querem algumas tradições católicas, judaicas e
esotéricas, que dizem que existem sete arcanjos.
- Gabriel
está diante da presença de Deus (Lc. 1.19).
- A ele é
confiada mensagens da mais elevada importância com relação ao Reino de Deus
(Dn. 8.16,17).
3 - Anjos
das Nações (Dn. 10.13-20). Esses versículos vêm nos ensinar que cada nação tem o
seu anjo protetor, o qual se interessa pelo bem estar dela.
a) Miguel,
príncipe da nação hebraica (Dn. 10.21).
b)
Príncipe da Pérsia (Dn. 10.13).
c)
Príncipe da Grécia (Dn. 10.20).
A palavra “principados” no Novo Testamento pode
referir-se tanto a esses príncipes angélicos das nações, como a reinos com
características de um principado, uma região ou uma autoridade regida por um
príncipe. O termo, quando se refere a anjos, pode ser usado tanto para os bons como
para os maus (Ef. 3.10; Cl. 2.15; Ef. 6.12).
4- Anjos
eleitos - são aqueles anjos que permaneceram fieis a Deus durante a rebelião de
satanás e foram elevados à categoria de anjos eleitos, aperfeiçoados: não podem
mais pecar (I Tm. 5.21; Mt. 25.41).
5-
Querubins - esses seres angelicais aparecem pela primeira vez no Livro de Gênesis
(Gn. 3.24)
A palavra
querubim vem do termo hebraico kerub quer dizer
- guardar, cobrir. Plural de kerub, querubim, significa protetores,
guardadores.
a) A
função desses anjos é de zelar pela santidade de Deus, para não ser profanada
sua santidade, estando relacionados à guarda montada no Trono de Deus.
b) Deus
colocou esses anjos para guardarem o Éden e proteger a árvore da vida (Gn.
3.24).
c) Esses
anjos estavam também esculpidos em forma de estátuas no Lugar Santíssimo em
cima do propiciatório (Êx. 25.17-22; Hb. 9.5).
d) Em Sl
99.1, Deus aparece sendo glorificado por esses anjos.
e) Satanás
pertencia a essa classe de anjos (Ez 28.14-16).
6-
Serafins - Esta palavra deriva do hb. Saraph que significa: ardente, brilhante, nobre ou afogueado.
- Pouco se sabe a respeito desta classe, haja vista só termos uma
referência bíblica (Is. 6.1-3).
- A função mais
específica desse anjo é de louvar e glorificar a Deus em seu trono.
Os Anjos e Suas Atividades na Bíblia:
Os Anjos e Suas Atividades na Bíblia:
1 - São
enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb. 1.14).
Para que
Deus envia o anjo?
- Para
livrar (Gn. 19.15; Dn 6.20-22).
- Para dar
vitória (Gn. 21.14 e 21; Js. 5.13; I Rs. 19.5-8; Mt. 4.11; Jo. 5.3,4).
- Para
abrir as portas (At. 12.10; Mt. 28.2).
- Para
servir aos justos na hora da morte (Lc. 16.22).
2 - Por
meio dos anjos Deus envia:
-
Anunciações (Lc. 1.11-20; Mt. 1.20,21).
-
Advertências (Mt. 2.13)
- Instrução
(Mt. 28.2-7; At .10.3,7).
-
Encorajamento (At. 27.20-25)
-
Revelação (Dn. 9.21-27; Ap. 1.11).
- Na hora
do culto eles estão presentes, observando o comportamento dos crentes (I Tm
5.20,21).
- Juízos
(Ap. 16.1).
3 - Estão
envolvidos na atividade evangelística.
- Embora
não evangelizem diretamente, estão também interessados nos esforços
evangelísticos (At. 8.26).
- Quando
um pecador se arrepende, eles fazem festa (Lc. 15.10).
- Haverá
um tempo, depois do arrebatamento da Igreja, que anjos pregarão o Evangelho
(Ap. 14.6).
4 – Suas
Atividades na Vida e Ministério de Jesus.
-
Anunciaram o nascimento de seu precursor (Lc. 1.11,13,18,19).
-
Anunciaram Seu Nascimento (Lc. 1.26-38)
- Um anjo
apareceu a José três vezes em sonhos (Mt. 1.20,24; 2.13,19).
- Um coral
de anjos visitou os pastores de Belém (Lc. 2.9,10,13,15,21).
- Serviram
em Sua tentação (Mt. 4.11).
-
Assistiram em Sua Agonia (Lc. 22.43).
- Estiveram
presentes em Sua ressurreição (Mt. 28.2,5; Mc. 16.5,6; Lc.24.4;
Jo.20.11,12).
-
Acompanharam Sua assunção (At.1.10,11; Sl. 24.7-10).
5 – Suas
Atividades na Igreja Primitiva
-
Estiveram com os discípulos na hora da assunção de Cristo (At.1. 10,11).
- Um anjo
livrou os apóstolos da prisão (At. 5.19).
- Um anjo
falou a Filipe em Samaria (At. 8.26).
- Um anjo
apareceu a Cornélio (At.10.3, 7,22; 11.13).
- Um anjo
livrou Pedro da prisão (At.12.7-11).
- Um anjo
feriu o rei Herodes Agripa de morte (At.12.23).
- Um anjo
apareceu a Paulo durante um naufrágio (At. 27.23).
6 – Suas
Atividades no Apocalipse
- Um anjo
mostrou a revelação a João (Ap.1.1; 22.16).
- Um anjo
forte bradando com forte voz (Ap. 5.2).
- Havia
muitos anjos ao redor do trono (Ap. 5.11).
- Havia
quatro anjos sobre os quatro cantos da terra (Ap. 7.1).
- Outro
anjo que tinha o selo de Deus (Ap. 7.2).
- Outro
anjo junto ao altar do incenso (Ap. 8.3-5).
- O
primeiro anjo tocou a trombeta – Uma série de sete trombetas (Ap. 8.7).
- Um anjo
voando pelo céu (Ap. 8.13).
- O anjo
do abismo (Ap. 9.11).
- Havia
quatro anjos presos junto ao Rio Eufrates (Ap. 9.14,15).
- Um anjo
forte vestido de uma nuvem (Ap. 10.1).
- Um anjo
sobre a terra e o mar (Ap. 10.5,8).
- Um anjo
com um livrinho na mão (Ap. 10.9,10).
- Miguel e
seus anjos batalham no céu (Ap. 12.7).
- Um anjo
anunciando o Evangelho Eterno (Ap. 14.6).
- Outro
anjo anunciou a queda da Babilônia (Ap. 14.8).
- Um
terceiro advertiu sobre a marca da Besta (Ap. 14.9).
- Um anjo
ordenou a outro lançar a foice sobre a terra (Ap. 14.18,19).
- Sete
anjos derramam as taças da ira de Deus sobre a terra (Ap. 15.1; 16.1).
- Um dos
sete mostrou a João a prostituta embriagada com o sangue dos santos (Ap.
17.10).
- O anjo
das águas (Ap.16.5).
- Um anjo
falou com João (Ap. 17.7).
- Um anjo
com grande poder, iluminou a terra com sua glória (Ap.18.1).
- Um anjo
forte lançou uma grande pedra no mar (Ap. 18.21).
- Um anjo
no sol (Ap. 19.7).
- Outro
com a chave do abismo e uma corrente prenderá satanás por mil anos (Ap.
20.1-3).
- Um dos
sete anjos mostrou a João a esposa do Cordeiro (Ap. 21.9).
- O anjo
que mostrou a visão a João, mediu a cidade (Ap. 21. 15-17).
- O anjo
que falava com João, rejeita adoração (Ap. 22.8,9).
Os anjos e
sua natureza
a) Seres Criados
(Sl. 33.6; 148.2,5; Ne. 9.6)
- Foi Deus
quem criou os anjos (Cl. 1.16)
- Antes da
criação do mundo (Jó. 38. 6,7)
- Sendo
eles criaturas, recusam adoração (Ap. 19.10; 22.8,9).
- Ao homem
é proibido adorá-los (Cl. 2.18). Adoração somente à Trindade.
- Os anjos
eleitos são santos (Ap. 14.10; Mt. 25.31; At 10.22).
b) Seres
Pessoais (Sl. 103.20,21)
- Os anjos
possuem intelecto.
- Os anjos
possuem sentimento.
- Os anjos
são capazes de tomar decisões.
c) Seres
Morais (Ef. 2.20)
- Uma vez
que a Bíblia nos informa sobre anjos que pecaram, somos informados também que
se trata de criaturas dotadas de capacidade moral.
d) Seres
Espirituais (Hb. 1.13,14)
- Têm
poder de assumir a forma de corpos humanos, a fim de tornar visível a sua
presença (Gn 19. 1-3).
- Não há
obstáculos físicos (paredes, portas, etc.) para sua locomoção.
e) Seres
Imortais (Lc. 20.34-36).
- Temos na
passagem acima, que os anjos jamais morrem.
- Em Hb
2.9, lemos que o Senhor Jesus foi feito pouco menor que os anjos “... por causa
da paixão da morte”.
f) Seres
Assexuados (Mt. 22.30).
- Não
possuem sexo, não se casam nem se procriam segundo a sua espécie (Lc 20.34-36).
- Não se
distinguem em macho ou fêmea como os homens, porque na criação dos anjos, Deus
não tencionava que eles procriassem.
- Não
obstante sejam assexuados, os anjos são apresentados na Bíblia com perfil
varonil, isto é, de varão, semelhante a um homem.
g) Seres
Numerosos (Ap. 5.11; Mt. 26.53; Lc. 2.13e14).
- A Bíblia
declara que são “milhares de milhares” - “multidões dos exércitos celestiais”,
“muitos milhares de anjos” (Dn. 7.10; Ap. 5.11; Hb. 12.22).
- São
incontáveis na ótica humana, assim como as estrelas no céu, mas Deus os conhece
cada um por seu nome (Ex. Gabriel e Miguel).
- Sua
quantidade não muda nunca, porque não procriam e não morrem. Deus os criou de
uma vez, pelo poder de sua palavra, “... pois mandou e logo foram criados” (Sl.
148.2-5).
h) Seres
velozes (Dn. 9.21).
- Mas não
são onipresentes. Temos razões para crermos que os anjos se locomovem a uma
velocidade superior à velocidade da luz, ou seja, 300.000 km/s (Mt.
26.53).
i) Seres
Poderosos (II Pe. 2.11; Sl. 103.20).
- Descem
em meio ao fogo e não se queimam (Jz. 13.19,20).
- Um só
anjo matou 185.000 soldados (Is. 37.35; II Rs. 19.35).
- Um só
anjo destruiu Sodoma e Gomorra (Gn. 19).
- Um só
anjo removeu a pedra do sepulcro de Jesus. (Mt. 28.2)
- Todavia
seus poderes são limitados por Deus. (II Sm. 24.16; Ap. 18.21)
- São
“magníficos em poder” (Sl. 103.20).
- Mais
poderosos que os homens (II Pe. 2.11).
j) Seres
Gloriosos (Lc. 9.26).
- Os anjos
são seres dotados de dignidade e glória sobre-humanos. Lemos em Ap. 18.1 de um
anjo “que tinha grande poder e a terra foi iluminada com sua glória”.
l) Seres
Inteligentes (II Sm. 14.17).
- Mas a
sabedoria dos anjos é finita, somente Deus tem a onisciência.
- Os anjos
não podem com sua sabedoria discernir nossos pensamentos (I Rs. 8.39).
- Só
Cristo pode (Lc 6.6-8) - e a Palavra tem esse poder (Hb. 4.12).
- Os anjos
não sabem o dia da volta de Jesus (Mt. 24.36), mas estão ansiosos, pois eles
acompanham a Cristo no dia da sua volta para o arrebatamento (Mt. 16.27; Mc.
8.38; I Ts. 4.16).
Os anjos e
seu caráter
a)
Obedientes (Sl. 103.20).
- Os anjos
cumprem suas obrigações com total obediência a Deus.
b)
Reverentes (Ne. 9.6).
- Em Is.
6.2 os serafins cobriam os olhos para não olharem a face de Deus.
c) Sábios
(II Sm. 14.17).
- Mas não
são oniscientes e não conseguem penetrar na mente humana.
d) Mansos
(II Pe. 2.11; Jd. 9).
- Os anjos
não se contaminam com ressentimentos pessoais.
e) A
Bíblia os descreve como “santos anjos” (Ap. 14.10).
- Todavia, não são
santos como é o Senhor, trata-se de santificação adquirida pela fidelidade
durante o tempo da provação. Os anjos foram aperfeiçoados em santidade.
Deusnão, Ele é Santo por natureza.
A EXISTÊNCIA DOS
ANJOS
Quando estudamos as
Doutrinas Bíblicas, é natural surgir uma pergunta: Dentro do Plano de Deus e
sua criação, qual ou quais foram as primeiras ações de Deus? Ou podemos questionar também: houve alguma outra ação de Deus antes que
Ele criasse o mundo e o homem? (usamos a expressão “primeira” porque estamos
considerando o tempo como linear).
A resposta que a
Bíblia nos apresenta é que, antes que Deus criasse o mundo e todas as coisas,
Ele criou alguns seres, dotados de grande inteligência, força e formosura, a
quem a Bíblia chama de anjos (Jó 38.6,7). A escola de Alexandria, que adotava o
modo de interpretação alegórico, via em Gn. 1.1, a criação dos céus como sendo
a criação das coisas espirituais. Isto é, as criaturas espirituais teriam
antecedido as corpóreas e físicas. Assim, quando diz “no princípio criou Deus os céus”, está se referindo aos seres
celestiais, e quando diz “e a terra”, está fazendo
referência ao mundo físico.
Nosso interesse em
estudar a Doutrina dos Anjos é porque estamos interessados em conhecer toda a
revelação que Deus nos concedeu através de sua Palavra.
A existência dos
anjos na Bíblia pode ser constatada em ambos os testamentos. Eles aparecem como “espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão
de herdar a salvação” (Hb. 1.14).
PODEMOS ESCLARECER
A ORDEM DA CRIAÇÃO DE TODAS AS COISAS DA SEGUINTE MANEIRA:
- ANTES DE TODAS AS
COISAS – DEUS, O CRIADOR;
(PERFEITO EM SI MESMO, CONTEMPLAVA-SE A SI MESMO, MAS CHEIO DE AMOR, QUIS ESTENDER
SEU AMOR, JUSTIÇA, SANTIDADE E PERFEIÇÃO PARA OUTRAS CRIATURAS).
- PRIMEIRO: O MUNDO
ESPIRITUAL – OS SERES CELESTES EM SUAS
ORDENSPRÉ-ESTABELECIDAS POR DEUS;
- SEGUNDO: O MUNDO
FÍSICO – O UNIVERSO, A TERRA, OS ASTROS, IGUALMENTE PRÉ-ESTABELECIDOS POR DEUS;
- TERCEIRO: A VIDA
SOBRE A TERRA – OS SERES VIVOS, (INCLUSIVE, O HOMEM É UM MISTO DE COISAS
ESPIRITUAIS, INVISÍVEIS, INCORPÓREAS COM COISAS FÍSICAS, MATERIAIS E
CORPÓREAS).
Anjos ( hb.mal’ak -
gr. angellos ).
A palavra “anjo” significa “mensageiro”. O termo anjo no
sentido literal sugere a idéia de ofício – ofício de mensageiro – e não da
natureza do mensageiro. Trata-se de uma palavra usada não apenas para os seres
angelicais, mas também para os mensageiros humanos (I Re. 19.2; Lc. 9.52). Foi
Jerônimo, na tradução da Vulgata Latina, quem primeiro fez a diferença entre
mensageiros humanos e celestiais, usando a expressão “nuntios” para mensageiros
humanos. Porém, seu uso, quando se tratando desses seres, indica que eles são
enviados sempre como mensageiros, ou, como que designados a cumprir determinada
missão.
- É uma verdade revelada na Bíblia
(Jo. 1.51);
- A existência dos anjos é ensinada
em pelo menos 34 livros da Bíblia;
- A expressão “anjo” (mensageiro) ocorre cerca de 275
vezes nas Escrituras;
- Cristo falou claramente sobre a
existência dos anjos (Mt. 18.10; 26.53).
Gostei deste estudo, irei ler bem, pois angeologia é um assunto muito importante.continue assim divulgando a palavra de Deus. Deus te abençoe! ASS: Diogo.
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